O episódio começa em casa do Mike, para onde os putos levaram a Eleven.
Encharcam-na de perguntas estúpidas e dão-lhe uma muda de roupa. Ela ia despir-se em frente a toda a gente, para pânico dos nerds.
Enquanto ela se veste, decidem o que fazer com ela. Decidem que não podem contar à mãe dele, então metem-na a dormir na cave.
De volta a casa dos Byer’s, Winona Ryder e Jonathan tratam dos cartazes de desaparecimento do filho enquanto esperam por Hopper.
Hopper chega, vai ver o telefone, que está torrado, e conclui que isso se deve à tempestade do dia anterior.
Winona Ryder diz que não pode ser, porque antes do telefone estourar, ouviu o Will a respirar ao telefone. Como tal, não pode ter sido da tempestade, é isso? O que é que a leva a pensar que a chamada esteja relacionada com o curto circuito?
E argumenta questionando retoricamente se uma mãe não reconhece logo o respirar do seu próprio filho. Para reforçar, pergunta a Hopper (cuja filha morreu), se não reconheceria o respirar dela. Entrada dura de Winona Ryder. E não, não me parece que, a menos que o teu filho seja tipo o Darth Vader, seja possível afirmar com certeza de que se reconhece o respirar de seja quem for. <NOTA de quem já viu 8º episódio: isto é um brilhante prenúncio aos flashbacks do último episódio em que o Hopper se lembra de respirar com a filha quando descobre que ela tinha cancro>.
Isto parece afectar Hopper que, depois de um silêncio constrangedor, pergunta se o Lonnie, o ex-marido dela disse alguma coisa. Pelos vistos não, portanto ele vai para lá…E vamos ignorar a chamada de um puto a respirar que ela recebeu, pelos vistos. Isto porque houve trovoada.
Em casa do Mike, ele faz waffles à socapa, e mete 2 no bolso. À mesa, come a sua à pressa, e a sua irmã diz para comer mais devagar, que está a ser nojento (…porque é uma adolescente). Discutem um bocadinho, e Mike vai ter com a Eleven.
Eleven está a brincar com o walkie talky. Mike diz que costuma falar com os amigos com aquilo, o que torna a conversa sobre dizer-se “over” do episódio anterior muito bizarra.
Mike explica a Eleven o plano de ela sair, tocar à campainha e dizer que está perdida, para a mãe arranjar-lhe ajuda sem saber que ele tinha escapulido na noite anterior. Mas Eleven com o já reconhecível laconismo diz “no”.
Mike percebe que há algum problema que a leva a querer esconder-se. Eleven dá a entender que são pessoas más que querem matar. Deve-se estar a referir àquelas pessoas que ela assassinou a sangue frio com o poder da mente no episódio anterior. Sim, essas outras pessoas são um perigo para a sociedade.
E o Mike vai para a escola.
Uma breve passagem pelo Departamento de Energia mostra que o Joker ouviu a chamada da Winona à polícia e que têm algo que ver com o desaparecimento do Will (indirectamente, pois também não parecem saber do seu paradeiro).
No pinhal, montes de gente (e cães) procuram Will.
Hopper vai ter os deputees e pergunta se têm novidades. Eles dizem que não e perguntam-lhe se ele traz algo de novo. Ele diz que nada, sem ser um telefone queimado…E o respirar que ela ouviu? Parecia indiciar um rapto. Isso não é relevante? Porque foi a tempestade e não o respirar que estourou o telefone, é isso? Diria que isso traria algo de novo à investigação, talvez a reforçar a busca em zonas com acesso a telefones e menos em pinhais.
Na escola, Steve interrompe o estudar de Nancy para convidá-la para uma festa em casa dele. Pára tudo para dizer mal do Jonathan, que foi à escola colar o cartaz de ‘Procura-se’ do Will. Nancy sente empatia a vai falar com ele. Depois de uma conversa tímida, toca a campaínha, e ela diz que tem aula de…química. Subtil.
Os putos na aula do Bill Watterson comentam que o Mike deve ter sido descoberto e castigado, visto não estar na escola.
Mas Mike foi precisamente não-descoberto pela mãe. Mal ela sai de casa, ele irrompe de bicicleta por de trás de um arbusto. Vai ter com Eleven na casa vazia e…explica-lhe o que são as coisas.
Jonathan está a andar de carro a ouvir Reagan Youth, mas começa a dar a Should I Stay Or Should I Go, dos The Clash. Isto leva-o a um flashback em que ele mostra essa música a Will, que se diz apreciador. Aproveita agora, que daqui a uns anos essa merda vai ser repetida até à exaustão. Durante a cena os pais discutem, e o Jonathan diz que o pai deles não vale nada. E há um póster de Evil Dead ali atrás. Esperemos que tenha alguma relevância para a história.
Agora que já fomos devidamente introduzidos ao pai deles, Winona Ryder vai para o trabalho dela pedir um telefone e um adiantamento. O patrão dela, embora remotamente semelhante ao Salazar, dispensa-a e concede-lhe o adiantamento…e cigarros.
A malta do departamento de energia aparece naqueles fatos anti-radiação e com contadores de geiger (ou lá o que é) para sondar a casa do Will. O que me parece apropriado, visto que eles têm tido problemas com energia recentemente e, como sabemos, já têm muito com que se preocupar.
Mike está a tentar brincar ao Star Wars com a Eleven, mas ela não quer saber, só se interessa pelos troféus de Geek do Ano que ele tem para lá. É aí que vê a foto do Mike. Aponta para lá perturbada. Mas antes que possa revelar algo, a mãe volta a casa.
Mais do que por ter esquecido de verificar as horas para não correr o risco de isto acontecer, o Mike deve estar a sentir-se mesmo estúpido de não ter tentado perceber, ou até perguntar se a misteriosa rapariga de indumentária de laboratório, cabeça rapada, vocabulário reduzido e poderes psíquicos que apareceu sozinha no meio do pinhal onde o Will se perdeu, logo a seguir ao Will ter desaparecido não estaria, eventualmente, relacionada de alguma forma com o desaparecimento de Will.
Mas não há tempo para nada disso, ele tem que a esconder no armário, inventar uma desculpa para não estar na escola e ainda explicar-lhe conceitos abstractos de “o que quer dizer ‘prometer’?”.
Mal fecha a porta do armário, Eleven tem um flashback extremamente conveniente para nós, em que se lembra de quando a levaram em braços para dentro de uma cela solitária enquanto ela gritava pelo “Papa”…que era o Joker.
Agora, graças a isto, sabemos que a organização secreta pouco moral que andava atrás dela, fazia secreta e organizadamente coisas pouco morais com ela.
Ainda bem que a meteste no armário, Mike.
Por falar em Mike, ele explica à mãe que lhe doía a cabeça e a garganta. A mãe interrompe-o dizendo-lhe que compreende que ele esteja desorientado com o desaparecimento do amigo dele (Mike deve estar a sentir-se mesmo estúpido de não se ter lembrado dessa desculpa), e que ele pode falar com ela. Nisto ouve-se um barulho, ela pergunta se está mais alguém lá em casa, e ele vira ligeiramente a cabeça, olha para cima e diz, após ficar 3 segundos parado “…não…”. OK, então.
Ele volta lá, e Eleven está a chorar, mas está tudo bem…ela ‘promete’.
A Winona Ryder instala o novo telefone e estica o seu cabo o máximo possível para chegar ao cadeirão…se ao menos houvesse maneira de fazer isto ao contrário e de arrastar de algum modo o cadeirão até mais perto do telefone, talvez não arriscasse danificar um aparelho que ficou estabelecido como sendo demasiado caro para ela e que aparentemente permite-a comunicar com o seu filho desaparecido.
No pinhal Hopper e os seus estarolas estão num penhasco a debater se dá para sobreviver a uma queda daquele penhasco de 15-20 metros. Ok…Mas antes que uma interessante aposta surja, são chamados a participar numa cena de um aparente suicídio – a do gajo do restaurante que encontrou a Eleven….
Jonathan estaciona o carro. Está em casa do Lonnie, mas não parece haver Will, Lonnie não parece flor que se cheire, mas nota que se a ex-mulher não sabe que o Jonathan lá está, são 2 filhos que ela perdeu de vista.
Os putos reúnem-se no quarto do Mike. Mike diz que ela reconheceu o Will, e que é estranho que ela tenha aparecido fugitiva no mesmo sítio onde ele desapareceu. Boa.
Após uma briga devido à incapacidade de Eleven em dizer-lhes alguma coisa, Lucas vai revelar tudo à mãe de Mike. Mas Eleven fecha a porta com o poder da mente e diz “No”, com sangue no nariz.
Hopper está a interrogar um gajo acerca do suicídio. Também achou estranho. E ele revela-lhe que havia um puto desaparecido lá. Mas não parecia o da foto (Will). Mesmo assim, eles decidem investigar, visto que é o trabalho deles. Mas só o puto, atenção. Pelos vistos eles cagaram para o ultrajosamente suspeito suicídio que ocorre na zona onde o puto desapareceu e onde apareceu outro puto qualquer em circunstâncias misteriosas.
Em casa do Mike, os putos estão todos a jantar com a família dele. Nancy dá uma desculpa estúpida para ir a casa do Jonathan (…ok, é uma adolescente, já percebemos), e a Eleven passa lá atrás, mas os putos distraem a atenção da mãe.
À procura de Will no pinhal perto de onde o outro se suicidou, encontram parte da vestimenta da Eleven junto a uma conduta. Essa conduta vai dar ao Departamento de Energia.
Na cave de casa do Mike, Eleven vai para o tabuleiro de D&D, pega num boneco e diz que é o “Will”. Depois arruma tudo para o lado e vira o tabuleiro ao contrário. Com a ajuda da banda sonora usa isso para tentar explicar que o Will está num outro plano de existência a esconder-se do…Demogorgon (o monstro do jogo no prólogo do 1º episódio).
Jonathan pára o carro a meio da noite e começa a tirar fotos do pinhal. Ouve um grito de uma mulher. Corre e era um grito na brincadeira de uma amiga da Nancy e do Jonathan, junto à sua piscina. Ele bebe uma lata de cerveja de penalti. Ela tenta provar que não é uma típica nerd, e bebe uma de penalti também, para gáudio de todos. Dá à barb, para tentar, mas ela corta-se. O Jonathan fica lá a tirar fotos, feito degenerado.
A Winona ainda está no mesmo sítio, quando toca o telefone. Volta acontecer mais ou menos o mesmo da outra vez. Mas as luzes da casa começam a piscar. Winona começa a seguir o rasto de luzes que piscam. Aquilo leva-a ao quarto do Jonathan, onde começa a dar a Should I Stay Or Should I Go nas alturas. Mas imediatamente quando a música acaba, as luzes vão abaixo e…alguma coisa começa a sair da parede. Winona foge e vai imediatamente para o carro. Mas quando ia a arrancar, voltam luzes a piscar, e a música volta a tocar a partir do mesmo refrão. Convencida de que nenhuma força do mal poderia fazer um rewind tão certeiro, volta para casa.
Nancy vai para o quarto do Steven, o outro casal vai para um quarto e Nancy diz à Barb para ir para casa.
Ela vai à janela e descobrimos que o Jonathan ainda lá está a tirar fotos. Tira uma foto à Nancy quando ela está à janela, com flash, no meio do pinhal portanto, ela há de ter visto qualquer coisa? Não, limita-se a tirar a camisola e a comer o Steve.
Entretanto a Barb está na piscina, sentada na ponta da prancha, tal como ninguém em lado nenhum teria feito nesta situação.
Cai uma gota de sangue da ponta do dedo para a piscina.
A luz vai imediatamente abaixo e aparece o Demogorgon. Jonathan ouve alguma coisa, mas pelos vistos a Barb desapareceu imediatamente, não deixando rasto de nada. Jonathan não acha estranho que ela tenha demorado menos de 1 segundo a levantar-se, percorrer a prancha e a desaparecer de vista.
Pelo que se tem visto, provavelmente o melhor é dizer que foi um suicídio e nunca mais se falar no assunto.
Cinema Sério 